sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Crucifixo do Haiti



Crucifixo do Haiti
Pe. Francisco Agamenilton Damascena

Acabo de ver a imagem do Crucifixo da Igreja Sacre Coeur du Tugeau, no Haiti, exibida pelo Fantástico, programa da Rede Globo. O templo sagrado desabou e restou aquele Crucifixo, quase intacto, grande, erguido, exposto aos olhares que banham de lágrimas as noites haitianas. As pessoas param em frente a ele, choram e rezam.
Esta imagem provoca o ser pensante. Por que foi assim? Por que aquele Crucifixo resistiu ao equivalente a 30 bombas nucleares como a de Hiroshima? E Cristo ficou ali. Parece ser aquela Sexta-Feira Santa, em Jerusalém, no alto do Calvário.
Pus-me a pensar e contemplar a chocante cena. Abri as Sagradas Escrituras e pus-me a ouvir o Senhor. O Filho do Homem permaneceu naquele lugar, representado pela imagem, para dizer aos sofredores haitianos que eles não estão sozinhos. Jesus Cristo está crucificado com eles e eles com Cristo. “Suas dores são minhas dores; suas lágrimas são minhas lágrimas; seu sangue é o meu sangue. Estou na cruz despido, como vocês que agora se encontram despidos de tantos bens.” Como disse o Profeta Isaías: “a verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores” (Is 53,4).
Os braços do Filho de Deus permaneceram abertos em Porto Príncipe para acolher o clamor de homens e mulheres transpassados pela lança da destruição, da fome, da sede, da perda de esperanças. O lado aberto do Cordeiro de Deus ficou ali, às margens da rua destruída, para dar descanso e consolo aos que ainda gritam por socorro debaixo dos escombros de uma cidade cujo concreto tombou sobre vidas cheias de sonhos. “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos e eu vos darei descanso” (Mt 11,28). O Crucificado resistiu às forças cósmicas para dar refúgio e abrigo aos que vagueiam pelas ruas sem destino.
O Crucifixo do Haiti foi mais forte que o terremoto para manter viva na mente e coração dos que por aquela rua passarem a boa notícia: “prova de amor maior não há, que doar a vida pelo irmão” (Jo 15,13). Ali ficou uma imagem sagrada feita de matéria, porém, ao seu lado, ficaram os corpos de homens e mulheres, que viveram até o fim o Mandamento Novo. Eles foram imagens vivas do Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas. Trata-se da Dra. Zilda Arns e quinze sacerdotes presentes naquela igreja no momento da tragédia. Eles estavam juntos porque queriam amar intensamente as crianças daquela nação que esperavam por vida e vida em abundância.
O Crucifixo do Haiti permanece erguido e o Espírito de Deus fala aos corações das pessoas de bem que salvam aquela sofrida gente. “Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; ... Todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!” (Mt 25, 35-36.40).
O Crucificado ressuscitou e enviou do Pai o Espírito Santo renovando todas as coisas. Ele ficou naquela destruída rua para dizer: “Coragem, eu venci o mundo” (Jo 16,33). Em meio ao caos da maior tragédia enfrentada pela ONU, há esperança, a luz dissipa as trevas em cada pessoa resgatada com vida, e em cada criança amparada. E o brilho volta a resplandecer nos olhos que agora choram os mortos. É a força criativa e reconstrutora do Amor estampada no Crucificado do Haiti.

Pe. Francisco Agamenilton Damascena
Vice-reitor do Seminário Diocesano São José
Uruaçu – GO - Janeiro de 2010

NOTA: Recebi o texto traduzido para o francês,
pois será publicado em revista missionária.

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A Identidade Cristã

Cidade do Vaticano, 19 jan (RV) - A razão de ser e de existir da pessoa está contida na sua identidade, nos seus gestos e ações e práticas concretas, trazendo como consequência a alegria e a felicidade da vida. É uma festa permanente, com apoio numa consciência de fé.

A vida do cristão acontece sob a ação de símbolos e gestos, que trazem consigo significados, revelando a ação do amor de Deus para com o seu povo. Vemos isto nos nossos momentos festivos e celebrativos, como acontece numa festa de casamento.

O perfil do cristão caminha no mundo marcado pela retidão, pela justiça e fidelidade. Mesmo na diversidade entre as pessoas e entre os dons, há um esforço constante de unidade, procurando não excluir ninguém, lutando para a conquista do bem comum e o valor da natureza.

Na identidade cristã é importante superar as distinções raciais, sociais e nacionais. A unidade não significa uniformidade, mas complementariedade rica e saudável. As pessoas não podem ser feridas nas suas originalidades, no seu próprio ser.

É fundamental ter em vista que cada pessoa tem uma história real de vida, tem um modo todo próprio de ser, de falar e de agir na construção do bem comum. A identidade pessoal corrobora com a identidade coletiva.

A humanidade busca sempre usufruir da festa da vida, daquilo que lhe faz feliz, mas nem sempre está preparada para isto. Muitos estão desligados dos compromissos que alimentam a qualidade da festa. Faltam a sensibilidade, a solidariedade e a justiça.

Encontramos pessoas que vivem na opulência total e no esbanjamento desmedido, sem escrúpulo e temor de Deus. Há uma insensibilidade ética em relação ao todo, buscando interesses injustos, violentos e até criminosos. Isto estraga a ação dos bem intencionados.

Têm identidade feliz aquelas pessoas que conseguem ter o sabor da sabedoria divina, a bondade, a verdade, o cuidado com a vida e com as pessoas, com o meio ambiente, com a água e com a terra. É preciso mudar aquilo que dificulta uma vida saudável e cheia de esperança.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto.
Fonte: NInformativo da Rádio Vaticana

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

DVD Creio no Deus do Impossível

DVD Creio no Deus do Impossível
Foi lançado pela SOM LIVRE
À venda em todo o BRASIL

Um dramárico 12 de janeiro

Todos estamos chocados com a catástrofe do Haiti.

Os dias não amenizam a dor causada pela tragédia na medida em que nos chegam as imagens e lemos as reportagens.
Um dos países mais pobres da América, politicamente instável que precisa da ação da ONU para garantir a paz interna em minutos tem sua capital e arredores transformados em ruínas.

Não há recursos técnicos e máquinas para dar conta do que aconteceu. As pessoas desesperadas procuram com as próprias mãos retirar dos escombros sobreviventes que gritam por socorro.

A tragédia não poupou militares brasileiros que serviam na Força de Paz e entre os civis estava a nossa querida Dra. Zilda Arns que a convite da UNICEF, acabara de dar uma palestra sobre os trabalhos da Pastoral da Criança.
Consagrou sua vida pessoal e profissional para tratar das crianças desnutridas e pobres com espírito de fé e caridade.

Entre as frases registradas nos meios de comunicação alguém resumiu com felicidade a sua vida: “viveu como santa, morreu como mártir”!
Como Cristo que ressurge do túmulo, ela deixa os escombros glorificada. Seus funerais, uma apoteose, sua vida e obra tomam conta de extensas matérias da mídia.
O lado triste de Haiti desperta esperanças, solidariedade, essa dimensão que muitas vezes parece está perdida.
As imagens que não param de chegar produzem impacto universal. Imaginemos mais de um milhão de pessoas atazanadas, desesperadas e famintas, andando de um lado para o outro entre corpos sem saberem o que fazer!

Há pouco tempo houve comoção nacional com a tragédia Angra dos Reis e São Luis de Paraitinga! A nação inteira dividiu a tristeza para sepultar as vítimas, mobilizou-se para reconstruir o que foi destruído e procurar corrigir o que apresenta riscos.

Mas, o que é tudo isso comparado com o que ocorreu no Haiti!
A natureza tem dado sinais...
As enchentes todas as tardes alagam regiões de São Paulo.
Há reclamações sobre a inoperância das autoridades e organismos responsáveis.
Continuam as discussões em reuniões, os debates nos programas de televisão, os protestos agressivos dos mais exaltados.
Tudo, porém vai continuar como antes.

Ninguém quer perder o espaço que conquistou mesmo que esteja condenado!
As tragédias vão se repetir...

O homem ainda não percebeu que não é o senhor da natureza!
Ela nos obriga a olharmos mais uns para os outros.
Não é preciso que aconteçam tragédias para que as pessoas descubram que a seu lado existem os que sofrem pela falta de sensibilidade, respeito e compreensão.

Muitos não estão sobre os escombros de um teto que desabou, mas tem sua dignidade arrasada pela desconsideração, discriminação social, injustiças e criminalidade institucionalizada.

Resta-nos contar com o amor que Jesus Cristo não deixou que desaparecesse!
Enquanto houver Terezas, Zildas ainda há esperanças!

Pe. Paulo D’Elboux, SJ
São Paulo, 18 jan (RV)
Fonte: Informativo da Rádio Vaticana

Mãos sacerdotais

Bendigo essas mãos, que muitas vezes se unem em oração e se movem em pregação.

Bendigo essas mãos, que foram ungidas para acolher e apresentar Cristo, que permanece conosco no Sacramento e Mistério da Eucaristia.

Bendigo essas mãos, que foram consagradas para espalhar amor, misericórdia, perdão e fé.

Bendigo essas mãos, que foram escolhidas para abençoar, consolar, perdoar, ser sinal de graça e apontar para o Caminho, a Verdade e a Vida - Cristo!

Confio aos nossos Anjos da Guarda e a Maria, nossa querida Mãe, a missão de beijar e proteger de qualquer mal, tuas mãos sacerdotais.

Que o Espírito Santo de Deus, ilumine e fortaleça sua mente
e coração e seja pródigo em suprir e corrigir
suas fragilidades humanas!

Ir. Zuleides Andrade, ASCJ
Curitiba, 22 de maio de 2009


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